quinta-feira, 7 de junho de 2007

Então, vem...


Vem
Funk Como Le Gusta

Pode pedir
Pode pedir qualquer coisa
Imaginar
O que quiser qualquer hora
Não importa o que aconteça, vem comigo
Sob sol ou sob chuva é sempre bom ficar contigo
Pode abusar
Ou pedir mais um pouquinho
Vem pra cá
Deixa eu falar no ouvidinho
Vem menina, vem princesa, salve ela
Vem de letra, vem de prima que eu bato de trivela
Vem menina dengosa, vem na minha
Vai dizer que'ce quer ficar sozinha
Vem chegando na miúda eu to facinho
Vem curtir que a vida é feita pra viver devagarinho
Vem comigo, vem
Quem? Quem quiser vir também...
Então vem comigo, vem
Quem? E quem quiser vir também...
Pode pensar
Que eu não tô nem ligando
Ou viajar
Achar que eu não tô gostando
Deixa disso, vem agora ou um abraço
Tijuquinha se você entrar no clima eu me desfaço
Vem menina dengosa vem na minha
Vai dizer que'ce quer ficar sozinha
Vem chegando na miúda eu to facinho
Vem curtir que a vida é feita pra viver devagarinho
Vem comigo, vem
Quem? Quem quiser vir também
Então vem comigo, vem
Quem? Quem quiser vir também

"Coitada, trabalha de plantonista"

A Rosa
Chico Buarque

Arrasa o meu projeto de vida

Querida, estrela do meu caminho
Espinho cravado em minha garganta, garganta
A santa às vezes troca meu nome, e some
E some nas altas da madrugada
Coitada, trabalha de plantonista
Artista, é doida pela portela, ói ela
Ói ela, vestida de verde e rosa, a rosa
A rosa garante que é sempre minha
Quietinha, saiu pra comprar cigarro
Que sarro, trouxe umas coisas do norte, que sorte
Que sorte, voltou toda sorridente
Demente, inventa cada carícia
Egípcia, me encontra e me vira a cara
Odara, gravou meu nome na blusa, abusa
Me acusa, revista os bolsos da calça
A falsa limpou a minha carteira
Maneira, pagou a nossa despesa
Beleza, na hora do bom me deixa, se queixa
A gueixa, que coisa mais amorosa, a rosa
Ah, rosa, e o meu projeto de vida?
Bandida, cadê minha estrela-guia?
Vadia, me esquece na noite escura, mas jura
Me jura que um dia volta pra casa
Arrasa o meu projeto de vida
Querida, estrela do meu caminho
Espinho cravado em minha garganta, garganta
A santa às vezes me chama alberto, alberto
Decerto sonhou com alguma novela
Penélope, espera por mim bordando
Suando, ficou de cama com febre, que febre
A lebre, como é que ela é tão fogosa, a rosa
A rosa jurou seu amor eterno
Meu terno ficou na tinturaria
Um dia me trouxe uma roupa justa, me gusta
Me gusta, cismou de dançar um tango
Meu rango sumiu lá da geladeira
Caseira, seu molho é uma maravilha
Que filha, visita a família em sampa, às pampa
Às pampa, voltou toda descascada
A fada acaba com a minha lira
A gira esgota a minha laringe
Esfinge, devora a minha pessoa, à toa
À boa, que coisa mais amorosa, a rosa
Ah, rosa, e o meu projeto de vida?
Bandida, cadê minha estrela guia?
Vadia, me esquece na noite escura, mas jura
Me jura que um dia volta pra casa
Arrasa o meu projeto de vida
Querida, estrela do meu caminho
Espinho cravado em minha garganta, garganta
A santa às vezes troca meu nome, e some
E some nas altas da madrugada